A nova guerra dos browsers!

O lançamento do Chrome, novo navegador de internet criado pelo Google, foi o ponto de partida de mais uma guerra entre os browsers e as marcas poderosas que os criaram e mantêm. Houve um tempo, não muito distante, em que o Internet Explorer (IE), desenvolvido e distribuído pela Microsoft, não era a única opção de peso para a maior parte dos internautas.
Para quem navega pelos mares do ciberespaço há pelo menos dez anos, um nome vem imediatamente à cabeça – Netscape. Este infelizmente teve um final sofrido, incapaz de competir com o poder de fogo da Microsoft e suas práticas consideradas por muitos como desleais. Afinal, foi por incluir o IE no pacote Windows que a empresa criada por Bill Gates começou a amargar processos na justiça.

Alguns anos depois da morte do Netscape e com o avanço feroz do Firefox, da Mozilla Foundation, a maior rival da Microsoft resolve pôr lenha numa fogueira que andava meio morna. A Microsoft continua senhora absoluta do mercado de navegadores Web, já que seu Internet Explorer tem a preferência de nada menos que 73,01% dos usuários de internet, segundo relatório da Net Applications, divulgado em julho deste ano. Em segundo lugar vem o Firefox, com 19,03% do mercado; em terceiro lugar, aparece o Safari, da Apple, com 6,31% da preferência dos usuários.
O bom e velho Netscape, coitado, tem apenas 0,67% de participação, mas deixou de ser atualizado.O Chrome não é a única ameaça da Microsoft nessa nova fase dos navegadores Web. De acordo com a Net Applications, o browser da MS tem perdido prestígio nos últimos anos – perdeu nada menos que 5,99% de público de agosto de 2007 a agosto de 2008. Enquanto isso, o Firefox subiu 4,38% na preferência dos usuários. Os números têm agora tudo para mudar, com a entrada no pedaço da gigante do software Google. Afinal, uma das maiores especialidades do Google é chacoalhar a área da Microsoft.

O Chrome é baseado em software livre e carrega a filosofia da turma open source, ou seja, tem código-fonte aberto. Já testado por milhões de usuários, o Chrome tem recebido boas críticas mundo afora e no Brasil ele também foi bem recebido. De acordo com a Predicta, empresa especializada na análise do comportamento de navegação dos internautas brasileiros, nos dois primeiros dias de uso o Google Chrome já representava 1,11% dos acessos à internet nacional. É claro que o número ainda é pequeno, mas o dado demonstra que o brasileiro ficou curioso com a novidade.

Para chegar a este número, a Predicta estudou os dados gerados pelo Predicta Atmosphere, ferramenta que avalia anonimamente o comportamento de navegação dos internautas através do uso de métricas de audiência que consegue identificar o navegador usado.O Chrome tem como predicados principais a combinação de barra de endereço com busca, o que faz com que o usuário possa chegar ao resultado desejado em apenas alguns segundos. Em segundo lugar, o browser traz uma aba agregadora de conteúdo, onde aparecem os sites mais visitados, as buscas recentes e os sites favoritos do usuário.

O navegador do Google, assim como o Firefox, tira partido das abas para facilitar a navegação. E, o que ainda melhor: cada aba opera de maneira totalmente independente.

Outra característica divulgada pelo Google é o fato de o Chrome contar com uma nova ferramenta de JavaScript V8, que permite a criação de aplicações online, além de tornar a navegação entre aplicativos mais rápida.O Google resolveu apostar todas as suas fichas no Chrome e as primeiras reações ao software demonstram que mais uma vez a empresa de Mountain View acertou a mão. Um teste rápido no programa mostra que ele pode ser bastante agradável. Com interface limpa e ferramentas de Web 2.0, ele ainda é capaz de completar os endereços Web. Na hora da execução de aplicativos JavaScript, o Chrome também bate um bolão.

E é mais simples de configurar – selecionando um botãozinho localizado no lado direito superior do browser o usuário pode configurá-lo (aumentar o tamanho da fonte, por exemplo, assim como o idioma do navegador). O desenvolvedor Web também ganhou uma opção só sua, onde pode, dentre outras ações, pedir para ver o código-fonte das páginas visitadas. No botão imediatamente ao lado deste, o visitante tem acesso ao histórico de navegação e de downloads e a opção de suporte ao produto.O programa tem tudo para competir de igual para igual com o software da Microsoft. Nesta guerra, o internauta é o que mais tem a lucrar.

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